Hoje, dia 13 de setembro, comemoramos o dia mundial da sepse. Falar de sepse, é falar de uma emergência em saúde, em que tempo é vida.
Sepse é quando uma infecção avança para lesão importante de tecidos do corpo, como cérebro, rins, fígado e coração, e isso progride rapidamente, de forma que cada etapa do seu manejo importa e precisa ser garantida o quanto antes. É por isso que, assim como protocolos clínicos de manejo de infarto agudo do miocárdio ou de acidente vascular cerebral que possuem metas em tempos específicos, o protocolo de sepse entra com metas de tratamento logo na primeira hora. Quando pensamos em sepse, precisamos seguir o roteiro dessa primeira hora: coletar o “kit sepse”, infundir o antibiótico de acordo com o foco de infecção e hidratar o paciente para garantir que o sangue chegue nesses tecidos que queremos poupar. Fazer ou não essa sequência, nessa hora de ouro, pode definir quem morre ou quem vive depois de uma sepse. E é por isso que toda equipe precisa estar alinhada em reconhecer um caso de sepse e garantir que essas medidas simples salvem vidas.
Hoje é um dia simbólico para falarmos desse assunto que é um problema de saúde pública. Mas cabe a nós, profissionais em saúde, interromper esse processo de destruição tecidual dos pacientes sépticos em todas as primeiras horas, todos os dias e o ano todo.
Dra. Mariana Bataline – Médica infectologista